Dado que o branco foi uma das primeiras cores utilizadas na arte do século XV, poder-se-ia pensar que sobra pouco espaço para melhorar a sua “brancura”. Acontece que isso está longe de ser o caso. Uma equipe de pesquisadores liderada por Xiulin Ruan, professor de engenharia mecânica da Universidade Purdue de Indiana, revelou recentemente uma tinta “ultra-branca” que eles acreditam poder até mesmo ajudar a combater as mudanças climáticas.
Os cientistas, que passaram seis anos criando a tinta “branca mais branca” do mundo, afirmam que as opções disponíveis atualmente tornam as superfícies mais quentes em vez de frias. Isso porque eles refletem apenas 80 a 90 por cento da luz do sol e não podem deixar o exterior mais frio do que a temperatura ambiente. A tinta ultra-branca recém- revelada não apenas reflete 98,1% da luz solar, mas também evita que o calor infravermelho da superfície seja absorvido.
A incrível capacidade de resfriamento da tinta ultra-branca pode ser atribuída ao uso de uma alta concentração de sulfato de bário, em vez do dióxido de titânio comumente usado como pigmento. O composto químico, que pode ser encontrado em cosméticos e papéis fotográficos, não absorve a luz ultravioleta. Os pesquisadores também variaram o tamanho das partículas do composto químico para permitir a difusão máxima da luz solar.